quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Tomado pelo sonho,
toquei o sol,
minha pele uma única chama,
carne rasgada de amargura,
respondo à sombra que me aclama
pela natureza da verdade dura
que nada mais tem a vida pura
que perfeitas ocasiões para um'outra queda.


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mutação

Surge em mim o quebrar de correntes
A jaula cai sobre si, com falhanços tais
Sou eu que olha, o que admira e sonha,
Hoje, torno-me mais.

Grito sem me ouvirem, um grito diferente
De gente, não de moribundo, um grito meu.
Vejo luz da qual não escondo
O rosto que sentiu o teu.




domingo, 14 de março de 2010

Alvorada

Uiva o vento, e esconde-se o sol
E as nuvens ameaçam a partir,
Apenas um sorriso, bastaria,
para que também eu começasse a sorrir.

Ficarei isolado, em pensamentos
Como o sábio, mas esse sabe, no saber
Atiro-me à água, sem pensar,
mas não porque queira morrer.

Quero alcançar o sol nascente,
Rumo ao horizonte que Ostenta
Em traços sobrios a imagem dourada,
Que me aquece o peito, nas horas da madrugada.


(I'll miss you.. )

L. Wood

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Porque não posso voar?
Sem que me olhem, como um ser absurdo
Num mundo que nos acolhe em desprezo
Quero fazer ouvir o ouvido surdo

Quero ser mais... Quero ser eu...
Não mais um entre ninguém,
Quero que se realize,
este meu desejo de ser alguém.

Porquê o interesse que não me interessa?
De materialismo por base e seu suporte
Cresce em mim o desejo louco
De me lançar ao mundo e à sorte.

Quero ser o que sempre quis,
mas que desejo contrariado, o musical,
Para fazer avançar o relógio, mas sem um amanhã, me diziam,
Ainda assim, é o meu pensamento desigual.

A paixão me leva, e as criticas me fazem cair
No duro chão que me acolhe por pena,
doi-me a alma, ainda que pequena,
Pois apenas quero viver, se a música puder sentir.


L. Wood

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Brincadeiras do destino

Quebro as paredes que tentaram tomar-me
Oh, cobardes. Atiram-se como chacais...
E eu, outro tolo que vagueia, deixei-as,
como tantos mais.

Ergui meus esforços, à custa
Porque me agarraram, esses sim, os bravos
Devo-vos tanto, e a mim me assusta,
A forma de como vos pagar os cravos.

Como brinca o destino,
Com o que pode acontecer
Tece-se se a teia de de algo por criar,
cria-se a semente, para o fruto crescer

Mas queima, e custa e cospe-me no rosto
Ah o manhoso destino a volta me deu,
Mas com isso posso bem, o que tanto me dava gosto
Era ouvir-te chegando, e ver o teu sorriso, acompanhando o meu.


L. Wood

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Erro no sentir

Viver é ser algo mais
É ver de perto o sol nascente
Cresce a flor que ilumina o mundo
Que esconde longe o deprimente

Afoga-se a negruma do pensamento
Em sorrisos e abraços queridos
Não consigo alcançar tamanha proeza
Apenas lembranças e pensamentos esquecidos

Erro no sentir, pois sinto o que não devo
Erro no viver, pois não vivo
Respiro por capricho e não vejo um amanha
Morre-me nas mãos o motivo.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Montes por viver

Vejo vales, vejo montes
Correndo loucos por minha vista
Brotam, como de fontes
Da paisagem egoista.

Apenas peço que me deixem espreitar,
Que deixem ver nascer os rebentos,
Que possa eu deles aproveitar,
Antes que me levem os maus ventos.

Náufrago, num mar de cegueira,
Onde vivo o que acho pouco,
Em olhos comuns, não há minha maneira
Eu sou só e apenas mais um louco.



L. Wood