quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Porque não posso voar?
Sem que me olhem, como um ser absurdo
Num mundo que nos acolhe em desprezo
Quero fazer ouvir o ouvido surdo

Quero ser mais... Quero ser eu...
Não mais um entre ninguém,
Quero que se realize,
este meu desejo de ser alguém.

Porquê o interesse que não me interessa?
De materialismo por base e seu suporte
Cresce em mim o desejo louco
De me lançar ao mundo e à sorte.

Quero ser o que sempre quis,
mas que desejo contrariado, o musical,
Para fazer avançar o relógio, mas sem um amanhã, me diziam,
Ainda assim, é o meu pensamento desigual.

A paixão me leva, e as criticas me fazem cair
No duro chão que me acolhe por pena,
doi-me a alma, ainda que pequena,
Pois apenas quero viver, se a música puder sentir.


L. Wood

1 comentário:

  1. Primeiro: títulos nos poemas é giro.
    Segundo: métrica é ainda mais giro.
    Terceiro: Não voa quem quer, mas também não voa quem pode ... voa quem acha que os sacrificios do voo valhem a pena; e esses, obviamente, são dependentes, não só de ti, mas de todos os que te rodeiam, né? XD
    []

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