terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mutação

Surge em mim o quebrar de correntes
A jaula cai sobre si, com falhanços tais
Sou eu que olha, o que admira e sonha,
Hoje, torno-me mais.

Grito sem me ouvirem, um grito diferente
De gente, não de moribundo, um grito meu.
Vejo luz da qual não escondo
O rosto que sentiu o teu.




domingo, 14 de março de 2010

Alvorada

Uiva o vento, e esconde-se o sol
E as nuvens ameaçam a partir,
Apenas um sorriso, bastaria,
para que também eu começasse a sorrir.

Ficarei isolado, em pensamentos
Como o sábio, mas esse sabe, no saber
Atiro-me à água, sem pensar,
mas não porque queira morrer.

Quero alcançar o sol nascente,
Rumo ao horizonte que Ostenta
Em traços sobrios a imagem dourada,
Que me aquece o peito, nas horas da madrugada.


(I'll miss you.. )

L. Wood

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Porque não posso voar?
Sem que me olhem, como um ser absurdo
Num mundo que nos acolhe em desprezo
Quero fazer ouvir o ouvido surdo

Quero ser mais... Quero ser eu...
Não mais um entre ninguém,
Quero que se realize,
este meu desejo de ser alguém.

Porquê o interesse que não me interessa?
De materialismo por base e seu suporte
Cresce em mim o desejo louco
De me lançar ao mundo e à sorte.

Quero ser o que sempre quis,
mas que desejo contrariado, o musical,
Para fazer avançar o relógio, mas sem um amanhã, me diziam,
Ainda assim, é o meu pensamento desigual.

A paixão me leva, e as criticas me fazem cair
No duro chão que me acolhe por pena,
doi-me a alma, ainda que pequena,
Pois apenas quero viver, se a música puder sentir.


L. Wood